A partir do mês de junho, quando acontecem os jogos da Copa
do Mundo FIFA 2014 e Salvador abrigará algumas partidas, estão proibidas a
realização de festas na cidade.
A situação chegou ao conhecimento da Tribuna da
Bahia por intermédio de dois moradores - um planejava realizar uma festa junina
no bairro do Barbalho e o segundo em Periperi - as festas tiveram as licenças
negadas pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo, Sucom,
por conta de uma ordem da Fifa...
A TB entrou em contato com a assessoria do órgão municipal
que confirmou a suspensão de eventos na cidade no mês de junho. "A
Prefeitura de Salvador irá publicar um decreto dando maiores detalhes, mas a
orientação é não liberar eventos na cidade em junho", alega.
A Tribuna entrou em contato com a Assessoria Geral de
Comunicação, Agecom, e teve como informação que isso faz parte de um acordo firmado
entre a Fifa, o governo federal e as cidades sedes dos jogos. "O governo
brasileiro assinou o acordo com a entidade e tem que aceitar as regras. Foi
assim nos Estados Unidos e na África do Sul. Nos circuitos oficiais como
Avenida Paralela, Avenida Bonocô, Orla, Dique do Tororó, Vitória, Ribeira,
dentre outros pontos da cidade terão que exibir toda a comunicação visual com
os patrocinadores da Copa. A Sucom deverá apreender quem estiver desrespeitando
as regras", alerta a assessoria.
Celeuma - Não é a primeira vez que ocorre episódios
emblemáticos envolvendo a Fifa. A entidade havia proibido a comercialização de
acarajés no entorno do estádio. A regra da Fifa recomendava o afastamento desse
tipo de comércio num perímetro de até dois quilômetros das praças de jogos.
A atitude foi tomada porque o acarajé não deveria ser
concorrente aos hambúrgueres produzidos pela rede McDonald's, patrocinadora
oficial da Fifa. Aparentemente a entidade teria voltado atrás e liberado a
comercialização do bolinho, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, Iphan, como patrimônio imaterial.
Escritório da Copa se manifesta
A Tribuna da Bahia entrou em contato com o Escritório da
Copa, Ecopa, que disse desconhecer a informação de restrição a eventos na
cidade durante o mês de junho. "Cada evento é analisado individualmente
pelos órgãos competentes e a sua aprovação leva em conta todas as condições
necessárias, de acordo com a regulamentação vigente.
Não há nenhum impedimento
em relação à realização de eventos na cidade. Pelo contrario, tanto a
Prefeitura, quanto o Governo de Estado estão elaborando uma ampla programação
de eventos que oportunamente será divulgada, para que todo o cidadão
soteropolitano possa ter lazer, cultura e entretenimento durante a realização
dos jogos em nossa cidade", informou a nota da assessoria da Ecopa.
Questionada se a Fifa teria "alugado" a cidade, a
Ecopa se manifestou. "Salvador, bem como todas as cidades-sede, tem
recebido investimentos em diversas áreas (infraestrutura, requalificação de
espaços urbanos, mobilidade, segurança, capacitação de mão de obra, saúde,
equipamentos públicos, cultura, turismo), o que tem dinamizado a sua economia,
através da geração de emprego e renda para os mais variados setores, trazendo benefícios
para toda a população.
Tudo isso vem gerando oportunidades que impulsionam o
desenvolvimento da cidade e elas estão acontecendo justamente por conta da
realização dos jogos. Uma vez bem sucedidos, Salvador poderá se posicionar cada
vez mais como uma cidade apta a receber novos eventos em inúmeras áreas",
sinaliza e acrescenta:"Salvador está cumprindo rigorosamente o que
determina a Lei Geral da Copa (Lei Federal nº. 12.663/12), no sentido de garantir a realização de todas as
atividades previstas com pleno êxito. Assim, estamos trabalhando intensamente
para que a capital baiana se torne uma cidade cada vez melhor e seja ainda mais
desfrutada por todos os soteropolitanos".
Fonte: Tribuna da Bahia e JusBrasil